O inglês David Gill, escolhido pela UEFA para ocupar um dos lugares de vice-presidente na FIFA, rejeitou assumir a função depois da reeleição contestada do presidente Joseph Blatter, anunciou hoje em comunicado.
“Não tomei esta ação de ânimo leve, mas os terríveis acontecimentos dos últimos três dias convenceram-me de que não era apropriado para ser membro do comité executivo da FIFA com a direção atual”, acrescentou o vice-presidente da Federação Inglesa de futebol.
Joseph Blatter foi reeleito na sexta-feira para um quinto mandato como presidente da FIFA, até 2018, ao vencer o jordano Ali bin al Hussein, num sufrágio realizado no 65º Congresso do organismo que tutela o futebol mundial.
Blatter acabou por ser eleito ao final da primeira volta, depois de o seu oponente ter anunciado que não disputaria uma segunda volta.
O presidente da FIFA denunciou este sábado o “ódio, vindo não apenas de uma pessoa da UEFA, mas de uma organização, a UEFA, que não entendeu” que em 1998 se tenha tornado presidente.
Quanto questionado sobre Michel Platini, presidente da UEFA, que pediu a sua demissão, Joseph Blatter respondeu a uma cadeia de televisão suíça: “Eu perdoo a todos, mas não esqueço”, acrescentando estar chocado com as acusações da justiça norte-americana que considera uma tentativa para “interferir com o congresso” no qual foi reeleito como presidente da FIFA.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou na quarta-feira nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).
ha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.
/Lusa
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