Uma testemunha protegida pela justiça norte-americana relaciona os jogos amigáveis de Lionel Messi com a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de droga. Um dado novo neste caso que está a ser investigado nos EUA e em Espanha.
O jornal El Mundo teve acesso a detalhes da investigação que está a ser levada a cabo pela Agência Anti-Droga norte americana (DEA). E, segundo esta, há um “arrependido”, detido numa prisão dos EUA, que garantiu às autoridades que os jogos de beneficência organizados pela Fundação Leo Messi foram usados para o branqueamento de dinheiro proveniente do tráfico de droga.
Está em causa um dos principais cartéis de droga da América do Sul, com base no México, conhecido por “Los Valencia”.
A DEA está a investigar alguns dos jogos comercialmente conhecidos por “Messi & Friends“, que se organizaram em diversos países da América do Sul em 2012 e em 2013, contando com a participação do astro do Barcelona e de outros jogadores da equipa espanhola, como Pinto, Dani Alves e Mascherano.
Os investigadores acreditam que traficantes de droga daquele cartel estavam por trás da organização desses jogos, com o intuito de lavarem dinheiro do narcotráfico, através de um esquema que passava pela compra fictícia de bilhetes através da chamada “fila zero”.
Esta “fila zero”, conforme explica o El Mundo, refere-se a uma conta bancária para a qual qualquer pessoa pode transferir dinheiro, como se se tratasse de um donativo para a causa benéfica abraçada pelo jogo. Assim, podem surgir quantias significativamente altas sem que seja preciso justificá-las e sendo muito difícil investigar a sua real proveniência.
Um dos empresários que participava na organização destes jogos, o colombiano Andrés Barco, admitiu perante um juiz e numa entrevista ao El Mundo que transferiu 1,7 milhões de dólares da receita de um dos desafios para a conta de Guillermo Marín, um dos representantes de Messi na Argentina.
E várias Organizações Não Governamentais que deveriam receber a receita dos jogos, a título de donativos, queixaram-se publicamente de nunca terem recebido nenhum dinheiro.
Para os investigadores parece evidente que Guillermo Marín terá um papel central no esquema, mas não é certo que Messi ou o seu pai, que dirige a Fundação, tivessem conhecimento da relação entre estes jogos e o tráfico de droga.
ZAP
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