Uma dívida a um antigo funcionário motivou a penhora da Taça de Portugal que o Sporting de Braga ganhou em 1966. O ex-gerente do bingo do clube poderia ter levado o troféu para casa, mas deixou-o ficar na vitrina arsenalista.
A penhora resulta de uma acção movida contra o Sporting de Braga pelo antigo gerente do bingo do clube, Sebastião Carvalho Campos, que ganhou no Tribunal de Trabalho o direito a uma indemnização de 797 mil euros, acrescidos de juros, por despedimento ilegal em 2008.
Nesse ano, o Sporting de Braga decidiu encerrar o bingo do clube, por estar a dar prejuízo. Ao encerramento seguiu-se um processo de despedimento colectivo, que originou indemnizações de milhões de euros aos trabalhadores dispenados.
O clube conseguiu chegar a acordo com todos os funcionários despedidos, excepto com o então gerente do espaço, Sebastião Carvalho Campos.
A advogada do ex-funcionário do Sporting de Braga, Amélia Mesquita, revela no Jornal de Notícias que o troféu está avaliado em 10 mil euros e que ficou no clube porque o director-geral, João Gomes, se opôs “com veemência” à sua retirada.
“Nós concordámos, embora tivéssemos o direito de a levar, se chamássemos a autoridade policial, dado que a penhora é feita com base em decisão judicial”, acrescenta a advogada no jornal.
Amélia Mesquita nota ainda que o seu cliente poderia ter motivado a penhora de outras Taças do clube, designadamente as da Liga Portuguesa e da Intertoto da UEFA, mas que não se procedeu nesse sentido por não se saber com clareza se pertencem à SAD ou ao clube.
ZAP
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