O FC Porto venceu hoje o Estoril por 2-0, numa partida da terceira jornada da Primeira Liga em que os ‘dragões’ acabaram por cumprir a missão, apesar de protagonizaram uma exibição pautada por períodos de intermitência.
A equipa da cidade Invicta alicerçou a vitória com golos apontados em momentos chave do encontro, com Aboubakar a abrir o marcador logo aos seis minutos, e Maicon, de livre direto, a selar o triunfo pouco depois da hora de jogo, aos 62.
Pelo meio dos tentos dos locais, viu-se um Estoril muito atrevido, que chegou a dispor de uma mão cheia de oportunidades para lograr o empate, mas que não conseguiu reagir quando o FC Porto chegou ao segundo tento.
Os ‘azuis e brancos’ entraram no desafio empenhados em fazer esquecer o deslize da última jornada (empate 1-1 na Madeira, frente ao Marítimo) e, comandados pelo inusitado posicionamento de Brahimi como organizador de jogo, não demoraram a assumir a iniciativa, com um futebol veloz.
Acabou, por isso, por não surpreender que logo aos seis minutos os ‘dragões’ se adiantassem no marcador, numa arrancada de Brahimi, que, depois de deixar três adversários para trás, entregou a bola para que Aboubakar encostar.
Com a madrugadora vantagem, pensava-se que os locais iriam partir para uma primeira parte tranquila e de domínio, mas os comandados de Lopetegui foram, minuto após minuto, perdendo intensidade e objetividade, permitindo uma reação do Estoril.
Os ‘canarinhos’ não desperdiçaram a passividade dos locais para começarem a ameaçar o empate, primeiro num cabeceamento de Diego Carlos, ao lado, e, depois, num remate de Leo Bonatini, que Casillas segurou a dois tempos.
O FC Porto não conseguia, então, contrapor o crescimento estorilista e, mesmo dominando as operações no meio campo, padecia da desinspiração de Varela e Tello nas alas, para não conseguir criar volume ofensivo.
Percebendo essas carências, ainda antes do intervalo, Lopetegui trocou Varela por André André, fazendo cair Brahimi para uma das alas, na tentativa de criar mais desequilíbrios, numa alteração sem efeitos imediatos.
Aliás, a equipa da ‘Linha’ acabou mesmo por surgir melhor no arranque da segunda metade, e, nos 10 minutos após o reatamento, criou três situações de muito perigo para baliza do FC Porto.
Bruno César, num forte remate, obrigou Casillas a uma das defesas da tarde, num atrevimento imitado em dois tiros de Gerso e Anderson Luís, que rondaram os ‘ferros’.
Só perto da hora de jogo, o FC Porto, talvez acossado pelos assobios das bancadas, acabou por despertar, com Brahimi a dar o mote, num livre que saiu muito perto da baliza de Kieszek.
O lance acabaria por servir de inspiração para que, aos 62 minutos, o central Maicon tranquilizasse os adeptos da casa, e também de livre, a castigar falta sobre André André, dilatasse a vantagem do FC Porto.
Desta vez, o conforto do golo animou os ‘dragões’, que, aproveitando o eclipsar do Estoril, voltaram a entusiasmar os adeptos, com um futebol mais desinibido, e, sobretudo, ambicioso.
Pablo Osvaldo, entrado para os últimos 20 minutos, ainda chegou a ameaçar o terceiro golo dos portistas, mas, com mais ou menos exuberância, o Estoril conseguiu que a derrota não assumisse contornos maiores.
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