O Benfica passou hoje pelo ‘cabo das tormentas’ para levar de vencido o Moreirense (3-2), acabando por regressar aos triunfos na Primeira Liga, depois de ter estado em desvantagem durante grande parte da partida.
Rafael Martins adiantou a formação de Moreira de Cónegos, aos 29 minutos, mas Raúl Jiménez, aos 75, e Samaris, aos 76, operaram a reviravolta no marcador, que seria desfeita por Ramón Cardozo, aos 84, em fora de jogo, antes de Jonas confirmar o triunfo benfiquista, aos 86.
Apesar da derrota diante do Arouca, o técnico do Benfica, Rui Vitória, operou apenas uma alteração no ‘onze’ que iniciou o encontro da última jornada, fazendo entrar Victor Andrade, titular pela primeira vez esta época, para o lugar do holandês Ola John.
Já do lado do Moreirense, Miguel Leal procedeu a seis alterações relativamente à partida no Estoril, lançando de início Stefanovic, André Micael e Ernest, além dos estreantes João Palhinha, Iuri Medeiros e Rafael Martins.
À semelhança dos jogos anteriores, o bicampeão nacional voltou a denotar ausência total de ideias para ‘furar’ a defensiva do adversário, insistindo constantemente num jogo de cruzamentos para a área, quase sempre mal medidos e sem perigo para a baliza dos cónegos.
De resto, foi o Moreirense a deixar o primeiro aviso, ainda numa fase prematura, com Rafael Martins a fugir nas costas da defesa e a testar a atenção de Júlio César, sendo que a resposta dos ‘encarnados’ surgiria ao quarto de hora, através de um remate de Victor Andrade.
Pouco depois, Gaitán tentou marcar um golo de ‘bandeira’, numa ‘bicicleta’ que saiu por cima, mas seria mesmo o Moreirense a adiantar-se no marcador, à passagem da meia hora, por intermédio do estreante Rafael Martins, que aproveitou as facilidades concedidas por uma linha defensiva que é agora uma ‘sombra’ do ‘relógio suíço’ das últimas temporadas.
Se os visitantes já se sentiam cómodos perante a estratégia ‘atabalhoada’ e a falta de agressividade do Benfica, mais ficaram após o tento apontado, ao passo que as ‘águias’ foram perdendo o pouco discernimento que ainda lhes restava.
No entanto, o conjunto da Luz poderia ter igualado o marcador antes do intervalo, na sequência de uma combinação entre Pizzi e Jonas, com este último a falhar o alvo, quando estava em boa posição para alcançar o empate.
Insatisfeito com a prestação da equipa, Rui Vitória lançou Talisca e Gonçalo Guedes ao intervalo, para os lugares de Pizzi e Victor Andrade, mas as alterações não surtiram o efeito desejado, já que os ‘encarnados’ continuavam pouco incisivos nos últimos 30 metros.
Ainda assim, a partir da hora de jogo, o Benfica começou a criar oportunidades flagrantes para chegar à igualdade, duas das quais soberanas: primeiro foi Jonas a desperdiçar um golo que parecia feito e, depois, seria Stefanovic a defender para a barra um cabeceamento de Mitroglou.
Com o espetro da derrota a aproximar-se a passos largos, Rui Vitória arriscou tudo e colocou em campo Raul Jiménez, naquele que seria um ‘golpe de génio’ do técnico, uma vez que, um minuto depois de entrar em campo, o avançado mexicano correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Gaitán – já como defesa esquerdo, face à saída de Eliseu – e fez o empate.
Ainda os espetadores estavam a festejar efusivamente o tento do internacional ‘asteca’ e já Samaris operava a reviravolta no marcador, apontando o primeiro golo ao serviço dos ‘encarnados’, com uma ‘bomba’ de fora da área.
Começava aqui um final de jogo frenético, já que o recém-entrado Ramón Cardozo fez jus ao nome de goleador e empatou as contas da partida, aos 84 minutos, mas em posição irregular.
Só que, dois minutos depois, Jonas devolveu a vantagem aos bicampeões nacionais, que já não deixaram fugir os três pontos.
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