A Federação Internacional do Automóvel (FIA) anunciou que vão ser testados três modelos de habitáculos fechados para serem utilizados na Fórmula 1, mas nunca antes de 2017.
“Estamos a tentar encontrar modelos que possam ser utilizáveis e vamos encontrar uma forma de lidar com temas como a visibilidade e a limpeza, por isso estamos a testar uma série de soluções”, disse o diretor de segurança da FIA, Laurent Mekies.
De acordo com o responsável, a FIA ainda está numa fase de estudo e não será possível ter nada pronto antes de 2017, mas que essa será uma “data exequível” se os testes tiverem bons resultados.
Mekies explicou que as preocupações principais são proteger os pilotos sem reduzir a sua visibilidade e não dificultar a sua retirada dos carros em caso de acidente.
A ideia surgiu após os graves acidentes de Felipe Massa no Grande Prémio da Hungria de 2009 e de Henry Surtees em Brands Hatch, num prova de F-2, no mesmo ano, que causaria a morte do piloto.
A iniciativa não reúne, no entanto, consenso entre pilotos e adeptos da modalidade, para quem a configuração dos carros os aproximaria dos de outras modalidades.
Os pilotos concordam em que as preocupações de segurança são importantes. Mas…
“Acho que seria uma pena, porque uma corrida de mono-lugares é popular por ter pilotos sem um cobertura, perderia algo e não teríamos ar fresco. Gostaria que ficasse como agora, para ser sincero”, diz Sebastian Vettel, citado pela edição brasileira da Motorsport.
“A Fórmula 1 não tem muito a ver com cockpits fechados, fica a parecer um daqueles Grupo C, os protótipos antigos”, Rubens Barrichello.
“O carro ficaria estranho, mas é uma questão de segurança”, diz Timo Glock, “e queria ver se, com estas coberturas, conseguimos sair do carro em cinco segundos como agora”.
“E temos que ver o calor, precisaríamos de ar condicionado”, lembra o piloto.
ZAP / Lusa
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