Vitória esclarecedora do FC Porto na recepção ao Rio Ave. A equipa “azul-e-branca” venceu por 5-0, num jogo em que marcou muito cedo e foi construindo o resultado com eficácia ofensiva e alguma fortuna nos momentos cruciais.
Os vilacondenses tiveram muita bola, eficácia de passe, mas não foram competentes na frente, ao contrário do “dragão”, que não deu hipóteses ao seu adversário e regressou ao comando da Liga NOS.
O Jogo explicado em Números
- Nem deu para nos sentarmos. Logo ao segundo minuto, a bola sobrou para Sérgio Oliveira à entrada da área, após passe de Tiquinho Soares, e o português rematou colocado para o 1-0 – o primeiro remate do jogo.
- O golo foi madrugador, tal como o domínio portista que, à passagem do primeiro quarto-de-hora, registava 53% de posse de bola. Mas não era um domínio avassalador, pois os vilacondenses cedo partiram atrás do prejuízo, sem, contudo, conseguirem mais do que um remate, e desenquadrado.
- Soares havia feito a assistência para o 1-0 e o brasileiro fez, ele próprio, o 2-0, de cabeça, na sequência de um canto de Alex Telles, aos 22 minutos. O lateral passou a ter dez assistências na Liga NOS, liderando nesta variável.
- De repente o Porto tinha o jogo completamente na mão, não dando sequer hipóteses ao Rio Ave de causar calafrios. Os visitantes registavam, à passagem da meia-hora de jogo, mais posse de bola que os “dragões” (59%), mas não passavam de um remate, e desenquadrado, muito por culpa da ausência de passes para finalização até esta altura (Porto com três).
- O 3-0 surgiu aos 34 minutos. Marega fugiu pela esquerda na grande área, cruzou, mas a bola desviou em Marcelo e fez um chapéu a Cássio, que nada podia fazer. O jogo estava praticamente decidido.
- Vantagem ao intervalo inteiramente justa do FC Porto, que demonstrou uma tremenda eficácia na frente de ataque. Sete remates, quatro enquadrados, foram suficientes para construírem um resultado gordo ao intervalo, e nem o facto de os “dragões” terem registado menos posse de bola (44%) retira lógica ao resultado.
- Isto porque o Rio Ave chegou ao descanso com apenas um passe para finalização e escassos dois remates, ambos sem a melhor direcção. O melhor no primeiro tempo foi Sérgio Oliveira, com um GoalPoint Rating de de 7.7.
- O médio abriu o activo logo no segundo minuto, teve sucesso nos dois dribles que tentou e registou seis desarmes. Uma palavra para Soares, com um golo, uma assistência e um rating de 6.8.
- O domínio do Rio Ave no arranque do segundo tempo acentuou-se, ao ponto de registar 66% de posse de bola nos primeiros 15 minutos após o reatamento. Essa superioridade reflectia-se também em três remates, um enquadrado, em tudo melhor do que a equipa havia conseguido nos primeiros 45 minutos, no que ao ataque concerne.
- Yacine Brahimi era um dos mais irrequietos da partida, com 11 tentativas de drible em cima dos 70 minutos, quatro delas com sucesso, mas estava menos eficaz noutros detalhes do jogo: dois remates, apenas um enquadrado, apenas uma vez a bola colocada na área contrária e nenhum passe para finalização.
- Mas quem estava ao seu nível era Alex Telles que, aos 72 minutos, aumentou para 11 as assistências que já leva na Liga, ao centrar para o 4-0, da autoria de Moussa Marega, de cabeça. Foi o 14º remate dos portistas na partida, quinto enquadrado.
- Tudo decidido no Dragão, com números esclarecedores. Por volta dos 80 minutos, a posse de bola do Rio Ave ainda se situava em torno dos 56%, mas cada vez menos objectiva, dado que a equipa forasteira desistira já de procurar o que quer que fosse. Para a história ficava essa marca que é a do Rio Ave, a boa posse de bola, a eficácia de passe, mas, neste caso, inoperância ofensiva.
- O oposto do que fez este domingo a formação de Sérgio Conceição, que chegou ao 5-0 por Soares, aos 85 minutos, lance confirmado pelo VAR.
O Homem do Jogo
O brasileiro Tiquinho Soares está a aproveitar da melhor forma a já prolongada ausência de Aboubakar. O ponta-de-lança fez um grande jogo frente ao Rio Ave, com dois golos marcados e uma assistência, o que lhe valeu um GoalPoint Rating de 7.9.
Para além disso, Soares registou quatro remates, dois deles enquadrados, e dois passes para finalização. É caso para dizer que Tiquinho escancarou a porta que estava “semi-aberta”.
📢 87’ | GOLO DO #FCPORTO 💥🐉!
⚽ 5 – 0 🔊 Tardou mas o VAR confirmou: Soares bisa, com uma emenda para o fundo das redes vilacondenses#LigaNOS #FCPRAFC #SomosPorto pic.twitter.com/IHaBKHBneI
— GoalPoint (@_Goalpoint) February 18, 2018
Jogadores em foco
- Iker Casillas 6.0 – Não foi um dos melhores em campo, nem precisava de ser. O guardião espanhol aproveitou a má prestação de José Sá ante o Liverpool para regressar à titularidade e ajudou a manter a sua baliza inviolada, com duas defesas.
- Sérgio Oliveira 7.8 – O grande arranque de jogo do Porto teve sustentação na exibição de Sérgio Oliveira. O médio marcou logo aos dois minutos e foi o melhor do primeiro tempo. Terminou a partida com dois dribles eficazes em duas tentativas, 83% de eficácia de passe e seis desarmes.
- Moussa Marega 6.6 – O maliano esteve na origem do 3-0, ao cruzar para o autogolo de Marcelo. Parecia estar a passar ao lado do jogo, tirando esse lance, mas com os cruzamentos de Alex Telles, tudo pode acontecer, e o avançado marcou mesmo um golo.
- Alex Telles 6.6 – Já restam poucos elogios para o lateral brasileiro. Telles voltou a fazer um jogo em cheio, com duas assistências que elevou o seu total (e máximo de toda a Liga NOS) para 11. Terminou ainda com quatro passes para finalização e dois dribles eficazes.
- Cássio 5.2 – Apesar da goleada, o guarda-redes brasileiro foi o melhor da sua equipa – mesmo tendo registado um rating abaixo do pior do Porto (Dalot, com 5.5). Cássio registou três defesas, uma saída a soco e outra pelo solo eficaz, não podendo fazer muito mais.
Resumo
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