O antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho foi este sábado oficialmente expulso de sócio do clube, na sequência de votação em Assembleia Geral extraordinária convocada para apreciar o recurso do ex-presidente, na qual quase 70% dos votantes se mostraram a favro da expulsão.
O ex-presidente Bruno de Carvalho viu rejeitado o recurso de expulsão que apresentou à Assembleia Geral do Sporting e é oficialmente expulso do clube.
Em votação à qual compareceram 5190 sócios, num total de 29.414 votos, número superior ao da AG de ratificação da suspensão de 15 de dezembro, 69.9% dos votantes mostraram-se a favor da expulsão de Bruno de Carvalho. Alexandre Godinho, antigo membro do Conselho Diretivo do Sporting, também já não é sócio.
Os ex-dirigentes não marcaram presença nesta Assembleia Geral, convocada com apenas este ponto em votação, que teve início às 15h30 no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.
De acordo com o jornal O Jogo, na reunião magna discursaram mais de 50 associados e apenas seis se mostraram a favor dos atuais corpos sociais, liderado por Frederico Varandas.
Segundo fonte oficial do Sporting, o único momento de tensão que decorreu dentro do Pavilhão João Rocha aconteceu quando um destes usou da palavra a favor dos órgãos sociais eleitos.
A maioria dos sócios entrou no recinto e usou do direito de voto enquanto os discursos aconteciam, sendo que cerca de 1.300 permaneceram nas bancadas do pavilhão até ao fim dos mesmos.
A decisão desta Assembleia Geral valida a sanção de expulsão do antigo presidente do clube aplicada Conselho Fiscal e Disciplinar a 1 de março deste ano. Esta é a sanção mais pesada prevista nos estatutos dos leões. O castigo era ainda passível de recurso em Assembleia Geral Extraordinária, à qual Bruno de Carvalho agora recorreu.
O processo de expulsão foi levantado pela Comissão de Fiscalização do clube, liderada por Henrique Monteiro, que deixou funções após as eleições de setembro que elegeram Frederico Varandas como novo presidente, tendo a nota de culpa sido enviada para todos os visados a 23 de agosto do ano passado, exatamente dois meses depois da destituição em Assembleia Geral de toda a Direção.
Em comunicado, o Conselho Fiscal e Disciplinar anunciou na altura a expulsão de Bruno de Carvalho e sanções a outros dirigentes. Além do ex-presidente, foi também então expulso Alexandre Godinho, vice-presidente do anterior Conselho Diretivo do Sporting.
O Conselho Fiscal e Disciplinar identificou 12 infrações disciplinares a Bruno de Carvalho, nas quais se incluem “a tentativa de bloqueio de contas e de usurpação de funções”. Alexandre Godinho teve 10 infrações, Carlos Viera seis, Luís Gestas quatro e Rui Caeiro duas.
O Conselho justificou a aplicação da sanção mais grave prevista nos Estatutos – e até no Regulamento – devido aos “factos praticados, em acumulação, com premeditação, com relevantíssimos danos de imagem, moral e patrimonial, com dolo direto muito intenso, com liberdade, consciência e conhecimento da ilicitude pelos sócios visados Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho assumiram uma gravidade, uma ilicitude e uma censurabilidade tão grande e elevada”.
Há quatro anos, o então ex-presidente do Sporting Godinho Lopes foi expulso por “infracções muito graves para a imagem e património” do clube, na sequência de auditoria e processo promovidos pelo na altura presidente Bruno de Carvalho. Quatro anos volvidos, a história repete-se — desta vez, com protagonistas diferentes.
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