O Ministério Público está a reunir centenas de outros crimes, para além do caso Doyen, para incluir na acusação contra o pirata informático Rui Pinto.
O hacker Rui Pinto vai ver a sua acusação agravada com centenas de novos crimes, que incluem pirataria informática a vários personalidades. De acordo com a notícia avançada pelo Diário de Notícias, Rui Pinto pirateou Cristiano Ronaldo, magistrados do Ministério Público (MP), escritórios de advogados e funcionários do Ministério da Administração Interna e da PSP, entre outros.
Na semana passada, a Hungria, onde residia o jovem, deu luz verde para Portugal investigar todas as suspeitas, além do inquérito relacionado com a Doyen e o Sporting. O Ministério Público já tinha pedido à Hungria a extensão do Mandado de Detenção Europeu para que pudesse usar como prova todo o material informático que tinha sido apreendido.
Agora, o MP tem novos crimes para incluir na acusação contra o pirata informático, que divide a opinião pública em relação ao facto de ser um criminoso ou um whistleblower. O Ministério Público tem até dia 22 de setembro para concluir a acusação contra o jovem português.
Rui Pinto foi detido por suspeitas de acesos ilegítimo, violação de segredo, ofensa à pessoa coletiva e extorsão na forma tentada. Como cada acesso ilegal a diferentes alvos conta como um crime, a lista poderá “engordar” bastante.
Para Patrícia Barão, a procuradora responsável pela acusação, “a dimensão da atuação do arguido Rui Pinto, demonstradamente, não se cingiu ao SCP e à Doyen, nem tão pouco a atividades desportivas”. Razão pela qual foi pedido um alargamento da instrução criminal devido à complexidade do caso. No entanto, este mesmo pedido foi negado.
O hacker é suposto de ter acedido ilicitamente a informações confidenciais do antigo diretor do Departamento Central de investigação e Ação Penal, Amadeu Guerra, e o procurador da República Pedro Verdelho. Rui Pinto também pirateou a PLMJ, a sociedade de advogados que defendeu o Benfica no caso “E-Toupeira”.
Na área do futebol, o Ministério Público, citado pelo DN, menciona ainda o acesso ilegal a “organismos do meio futebolístico, tal como FIFA, Confederação Sul-americana de Futebol, Clube Desportivo Nacional e Futebol Clube do Porto”.
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