A 82.ª edição da Volta a Portugal em bicicleta vai ser disputada em 2021, sendo a prova a realizar entre 27 de setembro e 5 de outubro uma edição especial, devido à pandemia de covid-19.
“A ser possível a realização do novo evento, este será da exclusiva responsabilidade da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) e terá características distintas, constituindo uma Volta a Portugal – Edição Especial, pelo que não comprometerá a 82.ª edição da Volta a Portugal Santander, que será realizada em 2021 nas datas habituais”, explicou a organização da principal prova velocipédica nacional.
A edição de 2020 da prova rainha do ciclismo nacional, que deveria decorrer entre 29 de julho e 9 de agosto, foi adiada, a 25 de junho, para datas a determinar, tendo, a 16 de julho, a FPC anunciado estar “a trabalhar para que a Volta a Portugal possa realizar-se entre 27 de setembro e 5 de outubro”, com uma redução de 11 para nove etapas.
“A Podium Events e a FPC decidiram proceder ao adiamento da 82.ª Volta a Portugal em Bicicleta Santander para 2021. A decisão foi motivada pelo contexto de pandemia gerado pela covid-19 que tornou inviável a realização este ano de um evento desta dimensão”, lê-se no comunicado emitido, esta quarta-feira, pela Podium Events.
Entre os motivos apresentados para o adiamento, a organização da corrida apresenta “a evolução da pandemia, o estado de incerteza sobre a mesma, assim como a recusa de autorização de passagem e permanência da prova por parte de algumas autarquias”, assim como a “prioridade inequívoca de proteger a saúde pública”.
“Conscientes de que a decisão poderá colocar a modalidade numa situação dramática, e perante o desejo da FPC defender o ciclismo profissional e a salvaguarda dos interesses dos ciclistas e equipas, as entidades entenderam na possibilidade de realização de uma edição especial, da Volta a Portugal em bicicleta por parte da FPC”, prossegue a Podium, que agradece o apoio de patrocinadores e parceiros nas decisões tomadas.
A edição especial deste ano vai contar com um prólogo e oito etapas, anunciou a FPC, prometendo “as principais caraterísticas de um grande evento de ciclismo”, casos de “interesse desportivo, forte impacto mediático, capacidade de dinamizar a economia do país e de divulgar o território e garantia de retorno para o investimento dos patrocinadores da corrida e das equipas participantes”.
A FPC realçou ainda o “excelente acolhimento das Câmaras Municipais contactadas para integrarem o itinerário”, assinalando que “decorrem com normalidade os trabalhos para a organização da prova”.
A realização da Volta tinha recebido luz verde da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Governo, atendendo às orientações para a retoma de competições ao ar livre de modalidades individuais e à aprovação do plano sanitário para a prova. No entanto, as Câmaras Municipais de Viana do Castelo e Viseu anunciaram que não receberiam a passagem da corrida nos seus concelhos.
O calendário velocipédico esteve suspenso desde meados de março, devido à pandemia de covid-19, e foi retomado em 5 de julho, com uma prova de reabertura, em Anadia.
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