SC Braga 1-2 Sporting | Vira o disco e toca o mesmo

Vira o disco e toca o mesmo. Tal como nos anteriores quatro jogos entre Braga e Sporting, os “leões” de Rúben Amorim levaram a melhor sobre os “guerreiros” de Carlos Carvalhal e, de certa forma, espantamo-nos pela sensação de “déjà vu” que esta partida nos deixou.

Mais uma vez o Braga tentou pegar no jogo, novamente os lisboetas emaranharam os minhotos na sua teia defensiva, assente num posicionamento colectivo irrepreensível. Depois, foi aproveitar quase ao máximo as ocasiões de que dispôs.

Roger Fernandes, do Braga, tornou-se no mais jovem jogador de sempre a actuar na Liga portuguesa, com 15 anos.

A primeira parte mostrou um jogo que pouco se diferenciou dos mais recentes embates entre as duas equipas.

O Braga tentou assumir as operações, mas foi o Sporting, apostado em controlar o desafio, que acabou por fazê-lo com maior ou menor dificuldade, também a dominar na posse de bola, e marcando numa das poucas ocasiões que construiu.

A etapa inicial foi algo táctica, com vantagem para Rúben Amorim, e sem grande emoção em termos ofensivos de parte a parte.

O Braga foi mais afoito no segundo tempo, mas o Sporting quando se vê em vantagem, raramente dá possibilidades na defesa, e no ataque causa mossa. Em 15 disparos, os bracarenses remataram oito vezes de fora da área.

Pedro Gonçalves fez o seu terceiro golo em dois jogos na Liga Bwin aos 50 minutos, deixando o jogo demasiado longe do Braga.

A expulsão de Matheus Reis por duplo amarelo, aos 80 minutos, ainda abriu uma janela de esperança aos minhotos, mas Antonio Adán ou a desinspiração ofensiva dos da casa impediram qualquer vislumbre de recuperação.

Ainda assim, Abel Ruiz, de cabeça, ainda reduziu para os “arsenalistas”, mas era tarde demais.

Melhor em Campo

Também aqui a música não muda. Pedro Gonçalves continua a marcar golos como quem muda de camisa e com uma facilidade aterradora.

O MVP GoalPoint Rating desta partida, com 7.0, fez o segundo tento leonino e juntou a esse momento mais dois passes para finalização e quatro recuperações de posse.

Não esteve muito em jogo, com 29 acções com bola, mas a sua movimentação e capacidade para aproveitar os espaços que encontra são muito difíceis de travar, o que favorece a tremenda eficácia com que finaliza os lances de que dispõe.

Destaques do Braga

Fabiano 6.5 – Uma seta apontada… à linha final. O ala fez todo o corredor direito, por vezes é precipitado, mas terminou com uma assistência em três passes para finalização e dois cruzamentos eficazes em sete. Com cinco faltas, foi o jogador que mais infracções cometeu.

Abel Ruiz 6.1 – Longe de ser um “pinheiro”, sentiu dificuldades entre as “torres” leoninas, mas marcou um golo de cabeça ao cair do pano. Fez ainda dois passes para finalização.

André Horta 6.1 – Entrou para jogar os 36 minutos finais e deu mais critério ao futebol bracarense, terminando como o jogador com mais passes ofensivos valiosos (5). Em 37 passes só falhou um e ainda recuperou seis vezes a posse de bola.

Galeno 5.7 – Uma missão de sacrifício para o brasileiro, que fez todo o corredor bracarense, algo que acaba por lhe limitar a capacidade de desequilibrar no último terço. Em cinco tentativas de drible completou duas, ganhou os cinco duelos aéreos e somou quatro acções defensivas no meio-campo contrário.

Al Musrati 5.6 – Mais do que nos momentos defensivos – ainda assim fez 11 recuperações de posse, máximo do jogo -, foi no passe que o líbio brilhou, completando 14 de 17 longos e realizando dez aproximativos. Muito bem nos últimos minutos, na tarefa de pressionar alto, à saída de bola leonina.

Destaque do Sporting

Jovane Cabral 6.7 – O extremo fez pouco menos de uma hora de jogo, mas foi fundamental. Foi ele o autor do golo inaugural, de cabeça, e foi dele a assistência para o tento de “Pote”, e ainda sofreu duas faltas em zona de perigo.

Ricardo Esgaio 6.3 – O regresso do Esgaio à Pedreira ficou marcado por uma boa exibição, que incluiu uma assistência, quatro acções com bola na área contrária e quatro desarmes.

Antonio Adán 6.3 – O espanhol foi fundamental nos minutos finais do encontro, em especial após a expulsão de Matheus Reis, realizando algumas defesas que valeram pontos. Terminou com cinco, três delas a remates na sua grande área.

Matheus Nunes 6.2 – O médio dá-se bem com os ares de Braga e voltou a exibir-se a bom nível. Em sete tentativas de drible completou seis, e ainda somou oito recuperações de posse, quatro desarmes e três intercepções.

Sebastián Coates 6.0 – O “patrão” da defesa leonina destacou-se nos duelos aéreos (ganhou os três) e nos alívios, registando oito, máximo do encontro.

Feddal 5.7 – O central marroquino foi o jogador que mais passes realizou (74, completando 62) e mais acções com bola contabilizou (83), e ainda registou cinco alívios. Pragmático e eficaz.

João Palhinha 5.5 – O trinco não foi o “polvo” do costume, ainda assim fez três desarmes e um bloqueio de remate.

Paulinho 5.4 – O ponta-de-lança trabalha para a equipa e isso faz com que desapareça um pouco nos momentos de finalização. Não fez um único remate, mas completou 11 de 12 passes.

Rúben Vinagre 5.3 – As três conduções aproximativas que somou (máximo) mostram o estilo de jogo de Vinagre nesta partida. Tentou levar o futebol leonino para a frente, mas no meio das cautelas do Sporting, acabou por ter pouca preponderância ofensiva.

Resumo

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