O Sporting somou a terceira vitória consecutiva na Liga Bwin, com Matheus Nunes (este sábado a jogar mais adiantado) e Nuno Santos a assinarem os golos do triunfo leonino em Arouca. Não foi, porém, um triunfo livre de sobressaltos.
A equipa de Rúben Amorim voltou a ganhar pela margem mínima (2-1), com os arouquenses a criarem várias situações de golo que não souberam aproveitar (xG 1,8, os mais altos expected goals contra do “leão” esta época na Liga).
Os campeões nacionais só ganharam por mais de um golo de diferença em dois dos 11 jogos oficiais que já disputaram esta época. Um “feito” que não conseguem lograr desde 21 de Agosto (2-0 à Belenenses SAD).
Primeira parte de mais bola do Sporting, com Daniel Bragança, uma das surpresas no “onze” leonino, em evidência. Eficaz no passe (95%), fez dois passes valiosos, um para finalização, concretizou os dois dribles que tentou e levou para casa o “título” de MVP da primeira parte, com um GoalPoint Rating de 6.1.
Pelos seus pés passou, também, a jogada do único golo do primeiro tempo, concluída por Matheus Nunes, com Pablo Sarabia no lance, num dos cinco remates enquadrados (em seis tentados) dos ‘leões’ na primeira parte. Mas o Arouca reagiu e até somou duas ocasiões flagrantes, desperdiçadas por Abdoulaye e Dabbagh. Ainda assim, foram só três acções com bola na grande área adversária por parte dos arouquenses em 45 minutos.
Logo a abrir a segunda parte, porém, os homens da casa (e Dabbagh) foram (por uma vez) eficazes e chegaram ao empate. Mas o Sporting reagiu bem ao golo sofrido e não tardou a recolocar-se na frente. Nuno Santos, a actuar como ala esquerdo, servido por Sarabia (o espanhol esteve mais em jogo do que nas anteriores partidas que já havia realizado pelos “leões”), rematou forte e bateu Fernando, guarda-redes da casa, que não ficou muito bem na fotografia.
Os homens de Alvalade, contudo, não criaram mais nenhuma ocasião clara para dilatarem o marcador e o Arouca até acabou o jogo com tantos remates como o Sporting (dez, no total), equilibrando também o número de acções com bola na grande área contrária (13, contra 15). Só que o resultado não sofreu mesmo mais alterações.
Melhor em Campo
Num jogo em que o Arouca totalizou dez remates, cinco dos quais enquadrados com a baliza leonina, foi o guarda-redes do Sporting, António Adán, a garantir o Goalpoint Rating mais elevado do encontro, um 7.0. O guardião espanhol acabou o jogo com quatro defesas, quatro delas em remates desferidos já dentro da sua grande área, e a elas somou ainda uma saída eficaz pelo solo e duas pelo ar.
Num jogo em que o Sporting teve o seu xG contra mais alto da época (1,8), Adán só por uma vez foi buscar a bola ao fundo das redes e segurou, assim, o triunfo “verde-e-branco”, na prática evitando um golo feito.
Destaques do Arouca
Fernando 6.3 – Se Adán foi o melhor do Sporting (e do jogo), do lado do Arouca o melhor rating (apesar do lance infeliz do golo de Nuno Santos) também pertenceu ao seu guarda-redes, que totalizou seis defesas, três delas a remates já de perto.
Leandro Silva 5.8 – O médio-centro português foi um dos jogadores que mais bolas recuperou no encontro (oito), estando na origem de uma ocasião flagrante e totalizando três passes valiosos.
Dabbagh 5.8 – Foi uma dor de cabeça para a defesa do Sporting e assinou o golo do Arouca, embora tenha desperdiçado uma ocasião flagrante na primeira parte, e tentou também servir os seus colegas, com dois passes para finalização.
Destaques do Sporting
Nuno Santos 6.9 – Este sábado com a missão de fazer todo o corredor esquerdo dos “leões”, acabou por ser ele a marcar o golo da vitória leonina. No ataque, foi o jogador do Sporting que mais cruzamentos fez e foi o jogador com mais intercepções no jogo (quatro). Em contrapartida, foi também o que mais passes de risco falhou (sete).
Pablo Sarabia 6.4 – Ao sexto jogo de leão ao peito, as qualidades de Pablo Sarabia, em quem os adeptos do Sporting tantas esperanças depositam, vieram enfim ao de cima, com o espanhol a fazer “meia” assistência para o primeiro golo e a assistência para o segundo. Além disso, foi o homem mais rematador do jogo e todos os seus quatro disparos levaram a direcção do alvo.
Matheus Reis 6.3 – Depois de ter sido ala esquerdo em Dortmund, voltou a ser central em Arouca e foi o elemento da defesa “verde-e-branca” com melhor rating, graças, entre outros aspectos, aos quatro alívios (máximo do encontro), aos três desarmes e às duas intercepções que somou.
Matheus Nunes 6.3 – Rúben Amorim adiantou-o do meio-campo mais para a frente de ataque e a mais recente novidade dos convocados da Selecção portuguesa correspondeu com um golo. Ofereceu opções de passe aos colegas, recebeu 11 passes aproximativos, mas mostrou que não era dia para o drible, ao falhar os dois que tentou.
Daniel Bragança 6.2 – Talvez a principal surpresa no “onze” de Rúben Amorim, o jovem médio esteve em excelente plano nos primeiros 45 minutos (foi mesmo o MVP da primeira parte), mas não replicou o mesmo nível no segundo tempo, não acrescentando grandes dados estatísticos de relevo aos que já trazia da etapa inicial. Ainda assim, voltou a provar ter uma qualidade de passe imensa (97% de eficácia, apenas um passe falhado no jogo).
João Palhinha 5.9 – Menos eficaz no passe do que em outras ocasiões (apenas 74% de eficácia), voltou a não deixar os seus créditos por mãos alheias no que toca a desarmes, somando mais quatro para a sua conta pessoal.
Sebastián Coates 5.7 – Com dois remates bloqueados e um desarme, não se terá destacado tanto na defesa leonina como em outras ocasiões (e até falhou seis passes de risco), mas esteve imperial pelo ar, sendo o jogador que mais duelos aéreos defensivos ganhou (3 em 3).
Ricardo Esgaio 5.3 – Aposta de Rúben Amorim para o centro da defesa no “onze” inicial (acabaria, depois, a partida na sua posição natural, como ala direito), Esgaio (que por algumas vezes viu surgir-lhe pela frente o irmão Tiago) destacou-se a defender, sobretudo, pelos três desarmes e as seis recuperações de posse que efectuou.
Paulinho 5.3 – Voltou a não marcar (desperdiçando mesmo uma ocasião flagrante no único remate que fez à baliza, com xG de 0,6) e, desta vez, até esteve menos em jogo do que é hábito (30 acções com bola, dez passes aproximativos recebidos).
Luís Neto 5.2 – Entrou para o lugar de Porro (Esgaio foi para a direita) e dos homens que saltaram do banco no Sporting foi o que melhor respondeu: não falhou nenhum dos 13 passes que tentou e ainda fez duas intercepções.
Pedro Porro 4.6 – Decisivo ao marcar os penáltis que valeram a vitória nos últimos dois jogos do Sporting na Liga, o lateral-direito espanhola atravessava um bom momento de forma, mas em Arouca não esteve nos seus dias. Nos 62 minutos que esteve em campo falhou 17 dos 57 passes que tentou (eficácia de apenas 57%), quatro dos quais de risco, totalizando 19 perdas de bola, e (ao contrário do que é costume) pouco se viu no ataque.
Resumo
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