A boa réplica do FC Porto em Anfield Road, onde chegou a ter as melhores ocasiões da partida, não chegou para levar para casa um resultado positivo.
O Liverpool, já apurado, apresentou uma equipa alternativa, mas com alguns nomes de peso que acabaram por fazer a diferença, como Thiago Alcântara e Mohamed Salah, que marcaram os golos dos “reds”, mas também Sadio Mané.
Os “dragões” poderiam ter marcado por Otávio e Taremi, mas não tiveram arte na finalização. Ainda assim os portistas estão no segundo lugar do Grupo B, com mais um ponto que o Milan (que ganhou em Madrid) e o Atlético.
Esse lance, Otávio…
Grande primeira parte do “dragão” em Anfield. Nada amedrontado pelo historial recente ante os “reds”, o Porto entrou personalizado, frente a uma equipa que fez algumas alterações ao “onze” inicial, mas manteve nomes como Mohamed Salah e Sadio Mané de início.
Aliás, este último chegou a marcar, um golo anulado por fora-de-jogo de poucos centímetros. Contudo, as melhores oportunidades pertenceram aos portistas, agressivos na reacção à perda e nos duelos individuais.
Aos 12 minutos, Luis Díaz serviu Otávio para uma perdida incrível do internacional português (que valeu 0,6 Expected Goals, quase tanto quanto um penálti), enquanto aos 42 minutos, Mehdi Taremi teve tudo para marcar, mas preferiu o passe para um colega e o lance gorou-se.
O Liverpool conseguiu, aos poucos, controlar as operações e até assumiu mais as despesas ofensivas, mas a haver uma equipa em vantagem ao intervalo teria de ser o Porto.
Luis Díaz era, ao descanso, o melhor em campo, com um rating de 6.5, com uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, seis passes ofensivos valiosos e duas conduções super aproximativas. Destaque para a saída de Pepe, aos 25 minutos, por ressentir-se de lesão, entrando Fábio Cardoso.
Mau arranque do “dragão” no segundo tempo. Um dos craques que não foi poupado, Thiago Alcântara, arrancou um pontapé forte e colocado de fora da área para um grande golo.
O Porto pareceu indiferente ao revés e continuou a atacar, mas aos poucos começou a ficar exposto ao futebol directo dos ingleses, e aos 70 minutos, após um passe longo, Mohamed Salah trabalhou bem na área e rematou de pé esquerdo para o 2-0, ao quinto remate do Liverpool na etapa complementar, segundo enquadrado.
Um golo que lançou um manto de resignação sobre a equipa do Porto que, mesmo com esta derrota, tem ainda na mão a passagem aos oitavos-de-final… mas também ainda pode cair para o 4º lugar.
Destaques do Liverpool
Mohamed Salah 6.6 – Um perigo à solta que Zaidu apenas a espaços conseguiu controlar. O egípcio fez um golo, enquadrou os seus dois remates e ainda desperdiçou uma ocasião flagrante, que impede a sua nota de ser bem mais alta. Somou ainda dois passes para finalização, seis passes ofensivos valiosos e recebeu incríveis 17 passes aproximativos.
Neco Williams 6.5 – Não se notou a falta de Trent Alexander-Arnold – a não ser a espaços, quando Luis Díaz conseguiu fugir pelo flanco do jovem de 20 anos. O lateral compensou esse facto com os momentos com bola, completando cinco de seis tentativas de drible, máximo do jogo, e ainda fez três desarmes e quatro bloqueios de cruzamento.
Joël Matip 6.4 – Jogo sólido do central, que somou o máximo de passes completos (66), fez dez aproximativos e esteve imparável nos duelos aéreos defensivos, ganhando sete de oito.
Destaques do Porto
Matheus Uribe 6.1 – O melhor dos jogadores do Porto e o único “dragão” a passar a casa dos 6.0 na nota final. Pena o amarelo que viu e que o tira da recepção ao Atlético, mas nesta partida esteve muito bem nos momentos defensivos, com seis acções defensivas no meio-campo contrário, seis desarmes e quatro intercepções, todos máximos do encontro.
Luis Díaz 5.7 – As suas arrancadas pelo lado esquerdo foram a principal dor de cabeça para os “reds” e na primeira parte ofereceu um golo a Otávio, que desperdiçou de forma incrível. O colombiano terminou com 0,7 Expected Assists (xA), uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura e sete ofensivos valiosos, três dribles certos em cinco, o máximo de conduções aproximativas (6) e super aproximativas (2). De negativo os cinco desarmes sofridos, as três faltas cometidas e os dois foras-de-jogo.
Zaidu 5.7 – Andou “às aranhas” no 2-0, mal posicionado e a deixar fugir Salah. Somou o máximo de passes falhados (14) e de perdas de posse (24), mas também o número mais alto de recuperações de posse e o segundo de desarmes (4).
Diogo Costa 5.6 – Pouco ou nada poderia fazer nos dois golos e esteve atento, terminando com três defesas e 12 passes longos certos em 24 tentados.
Evanilson 5.5 – O brasileiro fez parelha com Taremi na frente, mas raramente se soube posicionar nos espaços vazios para dar linhas de passe e criar situações de finalização. Assim terminou com dois disparos, um enquadrado, uma condução aproximativa e foi o jogador mais vezes carregado em falta (4). Foi quem mais maus controlos de bola somou (5).
Pepe 5.5 – Pouco mais de 20 minutos em campo. O internacional luso arriscou ir a jogo, aparentemente recuperado de lesão, mas acabou por sair com queixas.
Vitinha Ferreira 5.5 – Entrou aos 64 minutos para refrescar o meio-campo, mas não teve verdadeiro impacto no jogo, coisa rara.
Otávio 5.4 – Exibição irremediavelmente marcada pelo falhanço incrível na primeira parte, que teve Expected Goals de 0,62, mais ainda que os 0,52 do desperdício de Seferovic ante o Barcelona (!). De resto esteve bem, com três passes para finalização (máximo do jogo), seis ofensivos valiosos, dois cruzamentos eficazes em três e seis acções com bola na área contrária (também máximo).
Mbemba 5.3 – Sentiu dificuldades perante a mobilidade e velocidade dos jogadores do Liverpool, superiorizando-se apenas pelo ar (dois duelos aéreos defensivos ganhos em dois). Fez sete recuperações de posse.
Fábio Cardoso 5.2 – Substituiu Pepe e apenas não conseguiu travar o remate de Salah. De resto fez dois passes para finalização, duas intercepções, completou os 15 passes que fez e ainda subiu para ganhar dois de três duelos aéreos ofensivos.
Mehdi Taremi 4.6 – A pior nota da noite. O iraniano esforçou-se, mas não esteve inspirado, preferindo até fazer um passe quando tinha tudo para marcar um golo.
Melhor em Campo
Bem que Jürgen Klopp poderia ter poupado Thiago Alcântara. O hispano-brasileiro brilhou no meio-campo do Liverpool, em especial n o passe, mas também se lembrou de marcar.
O melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.9, fez o 1-0, acertou nove de 11 passes longos, fez oito passes aproximativos, quatro variações de flanco (máximo do jogo), completou duas de três tentativas de drible e recuperou a posse sete vezes.
Resumo
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