Dragão cai de pé: só um erro desequilibrou a balança

Injusto. É o que se pode dizer do desfecho desta recepção do Porto ao Barcelona. Se os catalães dominaram mais na primeira parte, e até marcaram um golo, a verdade é que esse tento surgiu apenas de um erro de um jogador portista, Romário Baró.

No segundo tempo, os “azuis-e-brancos” cerraram fileiras, lutaram muito e foram à procura da felicidade, mas viram um penálti revertido, um golo anulado e um guardião contrário inspirado.

Primeira parte muito movimentada, com grande intensidade e jogadas de parada e resposta junto das duas balizas.

Ainda assim, foi o Barcelona o “dono da bola”, com bastante mais posse, mas sem conseguir um ascendente claro em relação aos “azuis-e-brancos” em termos de remates e lances de verdadeiro perigo.

Boa notícia para os “dragões” foi a saída de Robert Lewandowski aos 34 minutos, por lesão. A má notícia foi o mau passe de Romário Baró, já nos descontos, que permitiu a Ferrán Torres isolar-se e fazer o 1-0.

Torres, que havia substituído Lewandowski pouco antes, era o melhor em campo ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.8, pelo golo e pelos dois remates enquadrados. O melhor dos portistas era João Mário, com 6.2 e incríveis seis desarmes.

O segundo tempo começou com um passe extraordinário de Taremi e isolar Pepê, mas quando o brasileiro se aprestava a marcar, Jules Koundé realizou um desarme miraculoso que evitou o empate mais que certo.

O “dragão” conseguia estancar mais o futebol ofensivo dos catalães e, ao mesmo tempo, lançar velozes contra-ataques, pelo que a formação lusa estava a ser a mais perigosa após o descanso, com mais remates.

O árbitro assinalou braço de João Cancelo na área visitante e penálti, mas após revisão pelo VAR a decisão foi revertida. E aos 83, grande golo de Taremi, num pontapé de bicicleta, mas o iraniano estava em fora-de-jogo.

E foi este o filme do segundo tempo. Um Porto a justificar bem mais do que a derrota, mas a esbarrar em diversos obstáculos, entre eles Marc-André ter Stegen.

Melhor em Campo

E foi mesmo o guarda-redes do Barcelona o melhor em campo. A segunda parte do Porto foi de grande qualidade e o alemão esteve à altura dos acontecimentos. Terminou o encontro com um GoalPoint Rating de 7.3, fruto de cinco defesas, três a remates na sua grande área, e a quase um golo (0,6) evitado (defesa – xSaves).

Destaques do Porto

Pepê 6.7

O melhor elemento dos “dragões”. A exibição do brasileiro fica marcada por aquele lance em que se isolou e foi desarmado por Koundé, mas Pepê terminou com dois passes para finalização, cinco acções com bola na área contrária, sete passes progressivos recebidos, oito recuperações de posse e três intercepções.

Diogo Costa 6.3

O guardião teve mais trabalho na primeira do que na segunda parte. Terminou com três defesas e sete passes longos certos em 13.

Galeno 6.3

O extremo tentou esticar o jogo e conseguiu-o em alguns momentos, terminando com quatro conduções progressivas e dois passes para finalização.

Taremi 6.3

O iraniano esteve bem em diversos momentos. Na finalização destaque para três remates, dois enquadrados. No passe terminou com dois de ruptura e apenas uma entrega errada em 11. Ganhou ainda dois de quatro duelos aéreos defensivos.

João Mário 6.2

O melhor do Porto na primeira parte, manteve o nível na segunda. Destaque para nove passes progressivos recebidos (máximo), três dribles completos em seis tentados e o valor mais alto de desarmes (6) no jogo. De negativo, três dribles consentidos, dois deles no primeiro terço.

David Carmo 6.1

O central parece renascido e voltou a estar em bom plano. Carmo recuperou oito vezes a posse de bola, fez cinco alívios e incríveis quatro bloqueios de remate.

Wendell 5.6

O brasileiro “sacou” três amarelos a jogadores do Barça nas três faltas que sofreu.

Destaques do Barcelona

Jules Koundé 6.8

Foi o jogador com mais passes certos (68) e tentados (73), o que acumulou mais acções com bola (94), ganhou todos os duelos aéreos defensivos em que participou (5), fez dez alívios (máximo da jornada 2) e um corte decisivo.

João Cancelo 5.7

Jogo pouco conseguido do lateral, que viu amarelo cedo, esteve algo intranquilo e quase cometeu grande penalidade (revertida pelo VAR). Acumulou nove acções defensivas.

João Félix 5.6

O avançado tentou muito o golo na primeira parte, mas acabou por sair aos 69 minutos, com registo para o máximo de remates (5), dois deles enquadrados, o valor mais alto e acções com bola na área contrária (6), mais três dribles completos em seis, cinco conduções progressivas e duas super progressivas.

Resumo

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Comentários

2 comentários a “Dragão cai de pé: só um erro desequilibrou a balança”

  1. Blá, blá, blá, vitórias morais, PERDEU E PRONTO! O Barça é melhor que os três grandes portugueses juntos, e eu sou benfiquista, mas realista!

  2. Que chatice, è sempre um erro ou culpa do árbitro…..

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